Teoricamente a sexualidade assim como a conhecemos, inicia-se juntamente à puberdade ou adolescência, o que deve ocorrer por volta dos 12 anos de idade (Art. 2º - ECA). Entretanto, em prática, sabemos que não se configura precisamente desta forma. Quando discorremos sobre sexualidade da Pessoa com Deficiência, uma gama de sentimentos nos envolve: receio, preconceitos e mitos. Quem nunca teve a oportunidade de conviver com uma mulher ou homem com deficiência, provavelmente carrega estes falsos conceitos consigo. A sexualidade humana é o conjunto de comportamentos que concernem à satisfação da necessidade e do desejo sexual. Igualmente a outros primatas, os seres humanos utilizam a excitação sexual para fins reprodutivos e para a manutenção de vínculos sociais, mas agregam o gozo e o prazer próprio e do outro. Com pessoas que possuem deficiências, não é diferente e precisamos cada vez mais lidar com a relação delas com o outro e com elas mesmas, possibilitando que conheçam e entendam sua sexualidade. É justamente em decorrência deste auto- reconhecimento que o outro passará a enxerga-la com este atributo e como uma possibilidade amorosa. Uma deficiência não é impedimento de uma vida saudável e feliz. Não impede de ter um trabalho, vida autônoma, fazer amizades e criar vínculos afetivos saudáveis e positivos.